Eu sempre me sinto ansiosa. Anseio por algo que eu nunca vou ter ou que não existe!
Só sei que essa minha felicidade insaciável, essa minha satisfação que tem sede do que não posso fazer... Isso me consome.
Me parece que aprendi errado o significado da palavra “não”. Toda vez que escuto algo igual ou similar vem junto uma força que estima, cutuca, provoca Algo dentro de mim – Algo assim, com letra maiúscula.
Esse Algo tem um poder de dominação: traz inquietude, coragem, frio na barriga, euforia, felicidade, paz, satisfação e inquietude outra vez.
Agora fico inquieta porque não sei se o fim será trágico ou se não vai ter fim. Fica o gostinho-de-quero-mais e eu sempre quero mais mesmo! Esse “não põe o dedo na tomada” “não atravesse a rua correndo” “não saia esse final de semana” “não vai a essa festa” “ele não serve pra você”... Quanto mais escuto esse não, mais ecoa um sim por dentro...
É indescritível, é incontrolável.
Eu gosto mesmo é do estrago. Ver o circo pegar fogo só é excitante para mim, se eu jogar o fósforo. Porque quanto mais proibido melhor é, mais gostoso fica, mais me excita. Essa é a lei – a minha.
Me faça sentir passarinhos no estômago, baby - sim, passarinhos, pois as borboletas já caíram na rotina também...