"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Poesias improváveis.


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Há quem diga que poesia só nasce da tristeza, há quem acha que pode nascer também da alegria e há quem a faça surgir do cotidiano. Quero aprender fazer poesia do costume e da falta dele. Poesias de saudades que não doam; de tristezas que confortem; de egoísmos que priorizam o próximo e de amores que viram amizades verdadeiras. Poesias que surgem de um telefonema comum, de uma briga banal, de um intercurso carnal que não aconteceu. Poesia que nasce ao meio dia, no meio de um compromisso, na pressa. Poesias que nascem nas horas em que não se nasce. Poesias improváveis. Inspirações improváveis. Infelicidade feliz.
Não faz mal sofrer. Não faz mal ficar perdido e não saber com que perna seguir. Não faz mal adormecer no meio do pranto, se arrepender e querer mudar o que aconteceu... Mas, o soluço desesperado deve saber abrandar-se e as lágrimas não serão vãs se purificarem a alma. Tudo é permitido no tempo certo. Não podemos mudar o que vai acontecer, mas podemos fazer poesia enquanto esperamos as próximas cenas. Quem sabe não serão melhores? Eu decidi transformar minhas pitangas choradas em versos, minha angustia em rimas e minhas escolhas - certas ou erradas - viraram poemas leves de se ler.
Quero fazer poesia que o façam me entender.