O blog foi
criado em 2010 denominado de Siga o seu
coração e com textos que me inspiravam, mas não eram meus. Com o passar do
tempo, amadureci minhas ideias e decidi sair de cima do meu muro de insegurança
e cair de vez nesse abismo que é escrever e sentir. Seguir o coração me representou
na maior parte da minha vida de tombos, decepções, amores bem e mal vividos. Cheia
de amizades invejosas e algumas sinceras, cheios de abraços mal intencionados e
alguns aconchegantes. Segui meu coração apesar das frustações, das desilusões,
das derrotas, dos dedos apontados na minha cara e julgamentos injustos. Segui
meu coração idealista porque, apesar de tudo, eu tive e tenho sonhos. Mas, hoje
rugas começam a surgir em minha face: algumas inevitáveis, outras provocadas
por maus-hábitos. Rugas significam que o tempo passou, significam que algumas
feridas já cicatrizaram e que a consciência de que não há imunização contra lágrimas
já tomou posse de minha mente. Minha mente aprendeu a se dar bem com o coração
e hoje em dia até sabe o que fazer para acalmá-lo nos dias frios. Talvez eu já tenha
crescido demais. Apesar de ser a mesma sonhadora e chocólatra de sempre, das criancices
e do riso frouxo, sinto que Siga o seu coração já não me representa mais. Minhas
rugas já visíveis me impedem de seguir meu coração como antes, me proíbem de falar
dos meus sentimentos como antes, de me envolver e me apaixonar como já fiz antes.
Os ideais continuam aqui, mas o sistema é repressor demais para seguir meu
coração do jeito que sempre fiz. Contudo, meu íntimo continua aqui. Nas letras
entrecortadas de minha literatura íntima escrevo páginas poeticamente subjetivas
tentando desvendar meus próprios segredos em entrelinhas. Eis minha Literatura intrínseca.
Por: Indd.
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