"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Dos laços entre nós...

  
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É que esse Você e Eu já se transformou em Nós. Em nós desses que chamam “nós cegos”... Desses que não dá pra desfazer, pra desatar. Desses que não deixam pontas... E temos entre nós um intenso laço... Desses que só tem em presentes especiais e importantes - assim como você é para mim. Desses que de tão grandes e tão bonitos não temos vontade de desmanchar. Desses, fortes como nós. Desses que causa admiração, encantamento e, até uma pontinha de inveja, naqueles que observam.
Laço ou também elo ou sintonia... Só Deus explica a magia que há nesses laços entre nós. E somente nós sabemos o bem que nos fazemos, a alegria que nos causamos e o desejo que temos de ficarmos assim para sempre. É certo que cuidarei desse presente, no presente e no futuro. Cuidarei do nó que a vida deu em nós e não deixarei que nada desfaça nossos laços...

"Assim, para sempre... E para sempre não tem fim."

A vida não está muito Roberto Carlos não, viu?


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Grande é a minha vontade de abrir a minha boca para falar ou por os meus dedos a digitar tudo o que eu sinto, de sair contando tintim por tintim das minhas dores ou simplesmente, contar o meu lado da moeda, colocar os pingos nos is. Talvez, isso já mudasse a opinião de alguns, talvez outros até sentissem pena de mim e isso tiraria a culpa ou o fardo que carrego, mas se quer saber? Essa não sou eu.
Lembro-me agora de quando meu pai, com seu jeitinho simples de falar, me contava indignado como era essa tal sociedade. Ele sempre usou o seguinte exemplo: um filho pode pisar, esnobar e maltratar seu pai, mas se um pai fizer o mesmo com um filho... Só haverá uma reação: o pai é quem não presta!
Obviamente, não sou mãe e muito menos pai. Mas esse era o exemplo que o meu velho usava para explicar-me que a “sociedade” sempre ficará do lado daquele que mais se fizer de coitadinho. Porque no fim das contas, as “pessoas” não suportam ver ninguém feliz e ainda não aprenderam a diferenciar infelicidade de coitadinho... Sendo assim, esquecem-se de que aquele que hoje sofre, pode está apenas cumprindo a penitencia de seu passado. 
Portanto, odeio sentir pena. Odeio que sintam pena de mim. Não sou e nem me faço de coitadinha, mesmo que a vítima da vez seja eu. Eu sou dessas que independente do quão mal esteja indo a vida, veste-se de orgulho e de sorrisos e sai desfilando por aí.
Já não me surpreende quando as pessoas me olham como se eu fosse uma vitrine e me julgam como se aquilo que veem ou escutam fosse tudo. Sou dessas e já não vejo mais novidade em saber que fui rotulada. Quem me ver passar, sabe do meu nome e não da minha vida e essas pessoas que me assistem sem participar, pouco me acrescentam.
Porém, o fato de eu já não me importar com isso não me torna imune de decepções. Eu ainda me entristeço ao escutar da minha vitrine, comentários maldosos de pessoas que já tiveram a oportunidade de me conhecer, e só o fazem pelo simples constrangimento da incapacidade de me levar consigo ou pra si.
Para quem não sabia, tome agora como nota: por mais indignada que eu fique, eu não faço questão de que a culpa seja minha. E mesmo que possuir a culpa me dê o direito de coloca-la em quem eu quiser, eu prefiro leva-la comigo e deixar o papel de coitadinho para quem precisar de atenção...

Mesmo que não me suportem: da minha felicidade é que não abro mão por ninguém. E mais uma vez, pode deixar comigo. Eu aguento sorrindo a dor, as críticas e tudo o que me for colocado...

[sem fotografias]


Dizem que uma imagem fala mais do que mil palavras, e talvez, até seja verdade. Mas, na verdade, apesar da falta que me faz agora uma fotografia... Eu custo a acreditar que caberiam tantos sorrisos em uma lente ou em uma moldura. Duvido que caberia tanto amor ou tantos ‘eu te amo’ em uma foto só. Também não caberiam tantos beijos, tantos abraços, tantos desejos... No mínimo, a foto sairia com brilho demasiado, já que os nossos olhos não nos deixavam mentir nem por segundo e cintilavam de sentimentos bons. E por falar em olhar... O seu é lindo e hipnótico!
É que no fundo, eu aposto que a fotografia seria perfeita... Mesmo que não estivéssemos olhando, mesmo que não coubesse toda a nossa felicidade ou nossos planos ou nossos sonhos. Mesmo que não desse para fotografar esse meu mundo inteiro – que somos nós dois. Eu sei, sairia perfeita... É que não sobra e nem falta nada em nós. Não há espaços, nem vácuos, nem distâncias – e até os quilômetros nos separam desaparecem só de eu lembrar você e esse seu sorriso lindo... Ah, esse seu sorriso que me restaura e me apaixona cada vez mais!
É que depois de tantos momentos como os nossos, é natural que almejássemos uma fotografia... Mas apesar das tantas horas que felizmente compartilhamos, só conseguimos pensar em outras coisas, durante a eternidade que é cada minuto que não estamos juntos. Como agora que a saudade vem de fininho fazendo do meu coração sua morada novamente. Agora que a minha vontade é de poder imitar o vídeo e apertar qualquer botão que me fizesse reviver cada segundo da mesma forma. Agora que eu tanto desejo um pouco mais de você em mim e o meu coração quase enrouquece de chamar seu nome...
E agora, além de agradecer, eu só tenho pedido a Deus para não me perder de você, que de tão perfeito parece sonho... E mesmo que seja um sonho, meu Amor, eu não tenho medo! Eu sei que se for para acordar, eu acordarei de conchinha, lhe enchendo de beijos, de abraços... Eu diria novamente esse “eu te amo” que não cansamos de dizer e ouvir e depois de confundirmos as nossas pernas outra vez, dormiríamos justapostos e radiantes...
Agora pensando melhor, Amor... Tem como fotografar um sonho?