"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Em construção

imagem via google

E como faz para voltar no tempo? E será que se eu soubesse exatamente o que sei agora, erraria tudo exatamente igual? Ah, essa minha mania de menina livre em um mundo de passarinhos presos em gaiolas... Ah, essa minha mania de achar que só se vive uma vez, mesmo depois de já ter morrido tantas! E quando escuto alguém, por ignorância, dizer que queria minha vida, eu logo penso que essa pessoa não sabe o que deseja: quanto mais alto você conseguir subir, mais alto pode ser a queda. Eu nunca aprendi. Ou vai ver eu sinto prazer na dor. E por mais confuso que seja alguns momentos, eu sei que eu me faço como quem faz um edifício inteiro, tijolo por tijolo, dia após dia, já com acabamento pronto em algumas partes, já grande demais para alguns e pequena demais para outros... Mas ainda em construção. Então, se por acaso, um tijolo desses despencar por aí, que saibam perdoar meus erros, pois sou amadora em tudo que faço - do latim, muito mais amor que sabedoria. E se, também por acaso, alguma coisa começar a dar muito errado, que possam me ajudar a reconstruir os pedaços de mim, rezando para que em nenhum momento eu permita que se perca algo de mim que sustente o edifício inteiro. Começar do zero dói. A única vantagem é que se aprende a fazê-lo cada vez mais rápido e cada vez melhor. E me disseram que tudo se acertaria rapidamente... Apesar de, às vezes, as vestes estarem amassadas, sigo me vestindo de esperanças, esperando esse evento acontecer.


Surfando karmas e DNA - Engenheiros do Hawaí