"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Em construção

imagem via google

E como faz para voltar no tempo? E será que se eu soubesse exatamente o que sei agora, erraria tudo exatamente igual? Ah, essa minha mania de menina livre em um mundo de passarinhos presos em gaiolas... Ah, essa minha mania de achar que só se vive uma vez, mesmo depois de já ter morrido tantas! E quando escuto alguém, por ignorância, dizer que queria minha vida, eu logo penso que essa pessoa não sabe o que deseja: quanto mais alto você conseguir subir, mais alto pode ser a queda. Eu nunca aprendi. Ou vai ver eu sinto prazer na dor. E por mais confuso que seja alguns momentos, eu sei que eu me faço como quem faz um edifício inteiro, tijolo por tijolo, dia após dia, já com acabamento pronto em algumas partes, já grande demais para alguns e pequena demais para outros... Mas ainda em construção. Então, se por acaso, um tijolo desses despencar por aí, que saibam perdoar meus erros, pois sou amadora em tudo que faço - do latim, muito mais amor que sabedoria. E se, também por acaso, alguma coisa começar a dar muito errado, que possam me ajudar a reconstruir os pedaços de mim, rezando para que em nenhum momento eu permita que se perca algo de mim que sustente o edifício inteiro. Começar do zero dói. A única vantagem é que se aprende a fazê-lo cada vez mais rápido e cada vez melhor. E me disseram que tudo se acertaria rapidamente... Apesar de, às vezes, as vestes estarem amassadas, sigo me vestindo de esperanças, esperando esse evento acontecer.


Surfando karmas e DNA - Engenheiros do Hawaí

Um comentário:

Occhi di bambino disse...

Hoje me dei a ler os comentários que deixei aqui, pelo meu inesquecível blog "Fique mais um segundo", desce o primeiro deles, no Natal de 2011 (Postagem de Natal, coment. em 23.12.11 às 18h59), até o último, em 04.09.12, sobre sua postagem "humildade é a resposta e o que falta"...
Fiquei pasmo, passado, extasiado com o universo que se abria na minha mente quando eu te lia, e que permanece quando eu te leio. Eu não sei de onde vieram meus comentários. Eu não tenho aquela capacidade, e, na verdade, capacidade alguma. Mas, reconhecido isto, meus comentários brilham com uma luz que, depois de pensar muito nessa noite a dentro que vai longe hoje, concluo ser mero reflexo da beleza incontestável e inimitável de teus textos.
Com a janela aberta, com o céu aberto da Paraíba ainda por ver nestes últimos cinco dias aqui, eu viajei em toda a intensidade de cada postagem, e sorri demais de meus comentários, lindos, tocantes, porque meros reflexos de uma pessoa absolutamente incomparável no que sente, no que pensa, no que diz...
E enquanto eu escrevo aqui não um comentário para esse novo texto perfeito, mas uma pequena viagem de revisão, penso que a vida é belíssima e estranhíssima...
O que queremos mais que tudo na vida não é o que podemos. (Esse troço está ficando todo molhado aqui...rsrsrs)
Não sei se e quando você vai ler isto. Provavelmente, apagarei antes de você ler. Provavelmente, eu já estarei morando em definitivo na Europa... Provavelmente, os blogs nunca mais voltarão a ter a importância que tiveram... E provavelmente eu nunca vou esquecer a pessoa mais fantástica que eu conheci sem conhecer...
Doces sonhos, Inddy
Beijo carinhoso
Lello