"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Não mais que de repente


"Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo. Eu acordei com medo e procurei no escuro alguém com o seu carinho... De repente, a gente vê que perdeu ou está perdendo alguma coisa, morna e ingênua que vai ficando no caminho.”
 
imagem via google
Há dias que eu venho querendo escrever tudo, sobre qualquer coisa, quero dizer, sobre qualquer coisa não, sobre mim: sentimentos, alma e coração. Sobre minhas opiniões, minha maneira de enxergar e me sentir diante de cada coisa. Sobre as milhões de coisas que eu vou amontoando dentro de mim por nunca achar importante demais para dissipa-las. Ou, de repente, o endocrinologista tinha razão quando disse que o nó que eu sinto na garganta, o mesmo que às vezes mexe com o meu metabolismo, com o meu humor, com as minhas pernas... Seja só um (nó)dulo na tireoide. Mas, é que minha intuição feminina – se é que isso serve de alguma coisa – me diz que tem mais: de repente, tantos sonhos sobre as mesmas coisas, tantos conselhos jogados, como confetes de carnaval na minha cara, comecem a fazer sentido. E de repente, aquela segurança de quem se apaixona e acredita que o mundo inteiro também se apaixonou, se transformou em um slackline e eu em cima, sem saber se devo pular ou espero cair. Quem sabe eu não consigo chegar do outro lado?! De repente, eu não consigo enxergar a felicidade que deveria esta contida nas coisas pequenas. As entrelinhas, os detalhes, o imperceptível, aquilo que fazemos inconsciente, me diz mais coisas que eu não gostaria de saber do que coisas legais. De repente, a segurança e a certeza são apenas ideologias criadas por nós. De repente você entende que o ciúme protege o medo e não você, entende que mais cedo ou mais tarde, o medo de perder só afasta quem se quer aproximar. De repente, a gente não sabe mais o que vale a pena, se estamos presos ou se estamos prendendo alguém. De repente, a gente não sabe nada sobre o amor... 
“De repente, não mais que de repente...”

4 comentários:

Gabriela Freitas disse...

Também tenho sofrido com um nó na garganta. Ta difícil de escrever. Gostaria que, de repente, minha inspiração ou o motivo dela voltassem.

Emi disse...

Amor é uma coisa complicada mesmo, mas que, a meu ver, sempre vale o risco. É nesse sentimento tão louco que pode estar o paraíso ou o inferno, cabendo a nós lidar com ele e conduzi-lo da maneira mais equilibrada possível(por mais complicado que seja)a fim de fazê-lo paraíso. Não é fácil, nunca é. E às vezes, antes de qualquer decisão, melhor deixar a poeira baixar, porque com tantas dúvidas, podemos confundir algumas coisas, ver outras que não existem e acabar caindo no erro da precipitação. Já agi no ápice da confusão várias vezes e depois me arrependi. Com isso aprendi que é preciso manter a calma antes de tomar qualquer atitude.
Espero que saiba como agir, flor. Estou torcendo.

Beijos!

Porque morrem as palavras? disse...

O amor!
Ai o amor!
Porque não deixamos apenas acontecer?
Somos racionais por demais!

Eu sei que não é fácil gerir esse sentimento que rebenta como se tudo se perdesse na angústia dos dias e nas noites mal dormidas, mas a vida é isso mesmo: A gestão das emoções que são o élan da construção.
Força!
Feliz Páscoa.

Amanda Menezes disse...

Sabe, sei bem o que é isso. :/ To num momento assim, sentindo falta do que passou e tentando ser feliz com o que está por vir. :)
Adorei seu blog, e vou seguir.

Beijoos gatona,
Amanda Menezes