"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

É aquela velha história, Amor.


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Não é verdade que quando o amor acontece, a lógica começa a desaparecer? Pois, não é esse o motivo pelo qual a lógica o chama de loucura, de cegueira? Como pode o verdadeiro amor querer ser algo racional? Como pode o amor, o mais bonito dos sentimentos, se tornar algo destrutivo? Ah, o amor... E suas infinitas formas de amar. Como podem existir pessoas que não sabem amar?
Algumas pessoas dizem amar de um jeito que não faz sentido. Estas pessoas preferem encontrar explicações para os seus instintos, do que domar seus egoísmos.  O amor exclusivo não faz sentido, o amor é inclusivo. Se você ama alguém, você deve amar vê-lo feliz de mil e uma maneiras, com mil e uma pessoas. Mas, se este alguém é seu cônjuge, você quer controlá-lo e isso torna os dois destrutivos, um para o outro. O ciúme torna o amor possessivo, egoísta, destrutivo. Pessoas morrem todos os dias por causa desse amor dominado pelo sentimento de posse.
Não faz sentido ver as pessoas brigando o tempo todo por causa do amor: brigam pelo amor de um homem ou de uma mulher, brigam pelo amor da família, brigam pelo amor dos amigos, brigam pelo amor a religião, brigam por amor a pátria... Se guerras e matanças acontecem por causa deste amor, há alguma coisa muito errada com esta forma de amar. É um amor sério, exclusivo, possessivo. É repleto de estupidez. O amor deve ser leve e não uma fixação. Guerrilhas por amor não faz sentido.
O amor é a maior aventura, é incerteza. É entrar no desconhecido, é está vulnerável. Se você deseja está sempre seguro, o amor sofre. Não é fácil aceitar o amor como deve ser, pois queremos o impossível: amar sem nunca se machucar. Se as pessoas fossem capazes de enxergar isso tudo, ficariam mais leves. Relaxariam. Entenderiam que quanto maior o amor, menor a cobrança. Uma nova consciência surgiria e elas demonstrariam melhor o amor que sentem uns pelos outros.
É aquela velha história de cuidar do jardim para ter as borboletas... Amor.

Um comentário:

Pedro Vieira disse...

Parabéns! texto maravilhoso. Um momento atemporal, realmente mostrando o peso analítico desse amaranhado de palavras.

Saudações.