"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Sede de perigo!

Eu sempre me sinto ansiosa. Anseio por algo que eu nunca vou ter ou que não existe!
Só sei que essa minha felicidade insaciável, essa minha satisfação que tem sede do que não posso fazer... Isso me consome.
Me parece que aprendi errado o significado da palavra “não”. Toda vez que escuto algo igual ou similar vem junto uma força que estima, cutuca, provoca Algo dentro de mim – Algo assim, com letra maiúscula.
Esse Algo tem um poder de dominação: traz inquietude, coragem, frio na barriga, euforia, felicidade, paz, satisfação e inquietude outra vez.
Agora fico inquieta porque não sei se o fim será trágico ou se não vai ter fim. Fica o gostinho-de-quero-mais e eu sempre quero mais mesmo! Esse “não põe o dedo na tomada” “não atravesse a rua correndo” “não saia esse final de semana” “não vai a essa festa” “ele não serve pra você”... Quanto mais escuto esse não, mais ecoa um sim por dentro...
É indescritível, é incontrolável.
 
Eu gosto mesmo é do estrago. Ver o circo pegar fogo só é excitante para mim, se eu jogar o fósforo. Porque quanto mais proibido melhor é, mais gostoso fica, mais me excita. Essa é a lei – a minha.
Me faça sentir passarinhos no estômago, baby - sim, passarinhos, pois as borboletas já caíram na rotina também...



12 comentários:

Nara Sales disse...

"Digo o que condiz, eu gosto é do estrago." E, a gente gosta mesmo!

Leonard M. Capibaribe disse...

É mais comum do que podemos ou gostamos de admitir... Realmente o gosto por aventura coloca um pouco mais de pimenta na vida... =)

Anônimo disse...

Sei e entendo como é. Sou exatamente assim. Nós como pessoas intensas, queremos os extremos sempre. O morno não nos atrai. Ou é ou não é. Ou é sim ou é não. Ou é frio ou é quente. Mas morninho, mais ou menos e talvez... Nunca!

Beijo.

wanessa g. disse...

Borboleta no estômago já virou clichê, mas eu adoro sentir e sou cheia de clichês.
Realmente, não vejo atividade mais prazerosa do que quebrar regras, acho que as pessoas (pais, por exemplo) ainda não entenderam que proibir não resolve nada, pelo contrário, faz é aumentar a nossa vontade.
''Ver o circo pegar fogo só é excitante para mim, se eu jogar o fósforo.''
rs.. Adorei.

T.S. disse...

Há algo extremamente convidativo em ouvir um 'não', a vontade aumenta, desejamos mais ainda a liberdade.
Lindo texto! (:
Beijos*:

http://leontynasantos.blogspot.com/

Dalila M disse...

É por essas e outras que tenho medo de você, menina.

Ah, e você NÃO vai ficar em casa sabado.

Thaís Alves disse...

Porque é melhor sofrer intensamente do que viver no ermo... te entendo, te entendo tão perfeitamente que tenho certeza que um dia já escrevi sobre isso em algum poema. Beijos!

Nayara Christina disse...

Você escreve muitoo bem! Parabéns (:

Emi disse...

É aquela ânsia do perigo, do ainda não tocado que faz isso. Sei como é, rs.;)
Adorei o texto!
Beijos, flor!

Bird disse...

Será que isso dá certo..."de seguir o coração"? de fazer o que der na telha? O__O

eu me arrisco muito, mas,sei quando devo recuar...
devo ser covarde...=(

ah,te sigo

o/

Naia Mello disse...

Não é só você que tem essa compulsão pelo novo ou até pelo que nunca conheceu. Acho que todo mundo tem isso, é algo que você deseja muito porque não o tem.

Lê Fernands disse...

a mulher que não sente ansiedade, veio com defeito de fábrica. sem ofensas, claro! rsrs

com o passar dos anos, esse furor diminui. a maioria se acalma.

rsrs

bjsmeus