Do meu
relacionamento insano com o espanhol vocês já sabem, no entanto, ainda fiquei devendo um post sobre o tal “remedio para todas las edades”. É que este ano, é para mim, aquele em que as pessoas piram de vez e não tem psicólogo, psiquiatra, ioga ou arte-alguma-coisa que dê jeito. É o famoso “ano de vestibular”. Eu chamo de passagem sem volta
pro inferno. Somos cientes de que sair com os amigos nem que seja para ver as moscas defecarem nos revitaliza de alguma forma. Não sei exatamente o porquê, mas eu coloquei na minha cabeça o seguinte: “eu tenho que estudar. Sair de casa com a ‘galera bombação’ e fazer o que os jovens gostam de fazer não me traz beneficio algum. Este é o ano do vestibular e não se fala mais nisso”.
Talvez, essa minha crença desse certo. No máximo pensar assim me levaria a uma conversa com o velho e bom terapeuta. Mas não! Quem tinha que me dizer algo era o metido do espanhol. Tinha que me falar na cara, bem no seu estilo repete-que-não-entendi. Estava lá em quase todos os “ratos” do texto, me dizendo: “Ei, sem-noção, você vai ficar doida! Se continuar na ‘soledad’ vai entrar em depressão e vai morrer sem ninguém nem para ir ao velório”.
Tudo bem, querido espanhol. Já estou voltando a ter uma vida social, certo? Sim, querido leitor, era esse o remédio para todas as idades: ter uma vida social. Sair para festas, ver gente nova e espairecer. Por isso, deixo-lhes o conselho: não se enclausure em seus quartos, tornando-se refém de qualquer coisa. Segundo o autor do texto e suas pesquisas cientificas, pessoas que se submetem a isso, não só entram em depressão com mais facilidade como também fica mais vulnerável a qualquer outra doença disso eu não sabia.
Ratos: momentos, tempo; Soledad: solidão.