"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Descolorir

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"No livro de Taylor Hartman: O código das Cores. Eu sou Azul. O azul é uma cor triste, fugidia, embaçada... Como o céu das paisagens impressionistas. Os azuis são motivados pelo altruísmo, diz. Os azuis buscam a intimidade. Os azuis preferem perder do que trapacear. Os azuis, como eu, não fedem nem cheiram..."

Não entendo de politica. Não sei escrever sobre religião. Quanto a educação, só me resta esperanças. Sobre as leis dos homens, tranquei meu curso na faculdade. Sobre querer ser poeta, gosto de te-los em minha estante. Tenho dificuldade de terminar livros, estudos, conversas. Sempre quero voltar para o sonho - independente de ser ruim ou bom. Finais: literalmente não sei lhe dar com eles - o que explica meus textos serem grandes, minhas conversas intermináveis, meu desconsolo ao fim de filmes e até a troca de sabonete em barra por liquido. Não sei variar o cardápio, nem ser amigável com quem me faz mal... Não sei disfarçar meu humor, nem ser menos medíocre. Meu talento oculto estar em ter boas desculpas para me confortar do meu descompromisso. Na maioria das vezes, prefiro estar apenas em minha companhia. Tenho medo de psicanalise, pois posso não suportar descobrir tudo sobre mim. Afasto-me de pessoas por insegurança e minha defesa ágil só mostra que sou mais frágil que qualquer um. Abandono para não ser abandonada. Do meu choro saem os espíritos ruins. Talvez eu esteja deixando de ser azul...

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Um comentário:

Pedro Vieira disse...

Eu também morro de medo da autoanálise! É bom ler seus textos, cabeção!