"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Apavoram-me as relações

imagem via web
As relações humanas me apavoram. O perigo sempre vem com face de candura e mente maquiavélica lhe chamando para brincar. E muitas vezes você vai sem saber para onde. 
É difícil se manter equilibrada ao notar o tanto de pessoas dissimulas a sua volta. Você não sabe qual doce é real ou amargo porque as pessoas, elas não vem com rótulos ou prazo de validade. É preciso provar para saber.
Como os espinhos das rosas, não sabemos até que ponto vai a defesa de cada um. Se a defesa for o ataque - o que para mim, diz muito sobre quem o faz - prefiro manter-me distante.
E de tão distante, hoje já não sei mais definir a linha do egoísmo. Não sei me dizer se estou antes ou depois. Sei que minhas defesas são em metros quadrados.
Então, percebo que recuar pode ser tão sinônimo de atacar como o silêncio é do grito. Mesmo opostos, aqueles doem, estes ensurdecem.
Nascemos juízes e reis de nós mesmos, pequenos aprendizes de sentenças e coroar. 
Apavoram-me as relações humanas.
Eu não aprendi a rezar.


Um comentário:

Lucas - Blog: Overture disse...

Estás correta, as relações humanas têm apavorado muita gente, por causa do perigo sob a face da candura.
Contudo, sem relacionamento não se vive. Ou, se alguém vive, não será feliz.
Então, não há jeito senão arriscar-se, temerariamente, esperando que uma face de candura não esconda uma mente maquiavélica, mas esconda apenas mais candura ainda.
Isso pode acontecer.
Ah! E não me digas que vais te ausentar daqui (já não escreves desde abril) justo agora que eu consegui chegar!
Segue teu coração e volta.
Um beijo carinhoso.