"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilegio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

Seria ideal se as pessoas soubessem amar como sabem fingir.



No meu cantinho de sempre vi entrar naquele espaço um sorriso diferente dos outros dias - já dizia Charlie Brown: “quem é de verdade sabe quem é de mentira” – logo, percebi que aquele sorriso tentava ocultar um velho coração cansado – dilacerado, eu diria.
Fui me aproximando devagar e dando asas aquela conversa que naturalmente fluía e de repente todas as feridas estavam expostas a mim. Seu frágil coração sangrava em forma de lágrimas e cada vez mais eu me via naquela mulher.
O mais engraçado é que ao contar tudo que já passei pelo mesmo motivo que ela passava agora, ela ia sentindo-se melhor... Como se aquilo tirasse algum peso de suas costas, fazendo-a se sentir mais leve.
Nesta conversa de feridas e cicatrizes, passaram-se quase duas horas e foi como se a vida tivesse me mostrando o quanto o mundo é cruel conosco, passando para mim mais um filme – que por um milagre, não era eu a protagonista – de como a nossa vitória só depende de nós, porque aquele que deveria nos amar como a si mesmo continua querendo ser o melhor! No entanto, no lugar de te dar a mão apenas te passa à perna.
P.S: E vou dando as duas mãos aos “amigos” e caindo por cima de suas pernas até que eu aprenda a passar por cima delas.

Nenhum comentário: